tag:blogger.com,1999:blog-27153504218566736472024-03-19T12:56:20.141+00:00Chega cheio.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-84038653815593586732014-01-08T10:18:00.001+00:002014-01-08T12:19:17.471+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.leyaonline.com/fotos/produtos/500_9789892305332_a_rainha_no_palacio_das_correntes_de_ar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://www.leyaonline.com/fotos/produtos/500_9789892305332_a_rainha_no_palacio_das_correntes_de_ar.jpg" width="213" /></a></div>
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Assim chegou ao fim o último livro sobre as aventuras de Michael Blomkvist (jornalista de investigação) e Lisbeth Salander (hacker), com um grande desgosto para quem lê. Fica um vazio, depois de terminada a leitura, fico um sentimento de tristeza e indignação, por tamanho talento ter-nos abandonado tão prematuramente. Mas a vida é assim. Ficam os três livros da colecção Millenium, fica a genialidade do Stieg Larsson, que está bem presente ao longo destas três obras.<br />
<br />
A Rainha no Palácio das Correntes de Ar é a continuação do segundo volume da saga, Lisbeth Salander e Michael Blomkvist preparam a vingança do passado da Salander, planeiam toda uma estratégia com um objectivo bem específico: vingar quem no passado massacrou a Lisbeth Salander. Se conseguem? Leiam o livro, mas quem acompanha, in loco, as aventuras destes dois, consegue adivinhar facilmente o resultados. Novas personagens, todas elas densamente descritas, seria fácil perder conteúdo, perder-se da história, quando estão envolvidas tantas personagens, mas Stieg Larsson mantém-se sempre muito taxativo e organizado, nada é deixado ao acaso, todas as personagens têm a dedicação que merecem, deixando-se o grande emaranhado psicológico para as principais: Lisbeth Salander e Michael Blomkvist. Tudo é planeado ao pormenor, a um bom ritmo literário, momentos mortos e momentos em que apetece logo ler a página ao lado, saltar parágrafos, tamanha é a ansiedade de descobrir o fim. De um detalhe ao nível do melhor relojeiro suíço, na arte de concertar pequenos relógios, tudo bem amarinhado, várias linhas com que se costurar e não perde um ponto de costura, consegue dar um fim digno a tudo, ou quase tudo.<br />
<br />
Os temas que são abordados em todos os três livros são actuais e pertinentes, críticas à sociedade sueca, a luta pelos direitos das mulheres e a violência doméstica. Não se tratam apenas de um conto de aventuras, é bem mais que isso, é aproveitar a escrita para lançar para a discussão, para a realidade, temas muito sensíveis, que tendem a passar ao lado da sociedade. Uma colecção que transmite, ao leitor, a vontade de conhecer a Suécia, a vontade de explorar os temas abordados, em suma, um conjunto literário que se emprenha no leitor de tal forma, que aposto que deixa qualquer um em ressaca literária, logo após o término dos três livros.<br />
<br />
Haverá um novo livro sobre a saga, escrito pelo David Lagercrantz, tratando-se de um escritor completamente distinto de Stieg Larsson, estou curioso para ler o que aí vem, mas algo céptico ao desenrolar da vida de Blomkvist e Salander. Larsson tinha planeado escrever dez livros sobre as aventuras, destes dois, e ficou por apenas três livros; esboços de um quarto que não são levados em conta pelo David Lagercrantz. Espero que não se tente copiar um estilo de escrita, uma abordagem única feita a determinados temas, que siga fiel ao seu estilo e dê uma continuidade digna e honesta a Blomkvist e Salander. Stieg Larsson merece-o, com toda a certeza.<br />
<br />João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-58304315466141090612014-01-02T10:41:00.000+00:002014-01-02T10:41:04.202+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGQ3CY_KRIur8-RzZwMefjzEmU65HCanKPJLZy_G_3tmYP0cCPqiQvhUlV_rjd4CmT7GtCzmhmZjxwcvzkZeNZklySmzmQ9yh4092ZDKzsMezQ_xrhvM36UHW3FHSB2m1uf4SPS9O12M4/s1600/a_rapariga_que_sonhava_com_uma_lata_de_gasolina_e_um_fosforo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGQ3CY_KRIur8-RzZwMefjzEmU65HCanKPJLZy_G_3tmYP0cCPqiQvhUlV_rjd4CmT7GtCzmhmZjxwcvzkZeNZklySmzmQ9yh4092ZDKzsMezQ_xrhvM36UHW3FHSB2m1uf4SPS9O12M4/s320/a_rapariga_que_sonhava_com_uma_lata_de_gasolina_e_um_fosforo.jpg" width="211" /></a></div>
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Excitante. Mais uma aventura de Lisbeth Salander e Michael Blomkvist, agora com principal enfoque na Lisbeth Salander e toda a sua história de vida. Um livro que retrata uma vingança, que ocorre inesperadamente, sem ser previamente planeada, mas que, mesmo assim, é analisada sobre o prisma de: reacção / efeito. Algo característico na Lisbeth Salander, que não tem qualquer acção sem ponderar os riscos, os prós e contras, por isso, dificilmente é apanhada em falso, excepto quando utiliza um pouco de sentimentalismo nas suas acções, aí perde alguma racionalidade e não consegue prever uma reacção negativa.<br />
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História com muitas mais personagens, muito mais densa e misteriosa, não o achei tão excitante quanto o primeiro livro da série Millennium, mas consegue ter momentos de verdadeiro drama e de tragédia. Gosto e admiro o facto, do escritor baixar um pouco o nível de acção, para depois, num momento inesperado, aumentar o nível emotivo e de excitação, faz de forma brilhante e segura. Prende o leitor por imensas páginas, depois, de um momento para outro, despega-se do leitor e quando se pensa que será mais um livro como tantos livros, enfadonho, sonolento, eis que volta a imergir o leitor para o êxtase da sua história e volta a prender às imensas páginas de todo o enredo. Isto é muito bom, não é fácil ter esta percepção, Stieg Larsson tem-na e a utiliza-a muitíssimo bem.<br />
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Um bom resumo do livro, sem comprometer a sua leitura, é a frase da Lisbeth Salander: "Ninguém é inocente, apenas há diferentes graus de responsabilidade". Todas as personagens, que entram no drama, têm direito a descrições físicas e psicológicas, para melhor introduzir o leitor no livro, umas mais profundas, outras mais superficiais, dependendo do grau de envolvimento na própria história. Os locais, os sítios, continuam a contar com breves e sucintas descrições, todo o ambiente criado é feito de forma a que haja uma grande empatia entre o leitor e o livro. Nada é escrito por mero acaso, tudo tem um fim e assim compreendemos quando chegamos ao fim do livro. Com uma sensação de algum vazio porque sabemos à partida que Michael Blomkvist e Lisbeth Salander deixar-nos-á muito em breve e, foram, duas personagens que acabamos por nos apegar, com muita naturalidade.<br />
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Que venha, de seguida, o último livro da colecção Millennium.<br />
<br />João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-84676417836649568192013-12-26T21:59:00.003+00:002014-01-08T12:09:01.859+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2xgSyQYUso_USXkBkqvhwmGP_B4qcrqXKFIomHzovcJmJyRDrjOs4GhkDMBQXohlw3mBvxNh0LiOvHIM5q_pIIwEBqGM-YSzsZtTZBG-S8diBThVOr2u5xCnItXG-HMgp-O16zBfGOxPq/s1600/Os+Homens+que+Odeiam+as+Mulheres.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2xgSyQYUso_USXkBkqvhwmGP_B4qcrqXKFIomHzovcJmJyRDrjOs4GhkDMBQXohlw3mBvxNh0LiOvHIM5q_pIIwEBqGM-YSzsZtTZBG-S8diBThVOr2u5xCnItXG-HMgp-O16zBfGOxPq/s1600/Os+Homens+que+Odeiam+as+Mulheres.jpg" /></a></div>
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Leitura excitante, um thriller que prende da primeira à última página. Difícil parar de ler, é um tremendo vício, querer saber mais e mais. Ficar com receio, reagir a barulhos exteriores estranhos, tanto é o suspanse que a obra criar em seu redor. Um final algo expectável, mas o desenvolvimento é muito consistente e não deixa nada acontecer por acaso, tudo tem um fim.<br />
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Uma aventura com Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander. Um estranho desaparecimento, um artigo da Millenium, uma aldeia, relacionamentos estranhos, tudo ingredientes que condimentaram o q.b. todo este primeiro livro da série Millenium. História bem construída, os locais estão bem detalhados, permite que o leitor tenha uma imagem real da acção, as personagens estão bem caracterizadas, são fornecidos todos os dados possíveis, é perfeitamente possível fazer o desenho psicológico de todas elas. Nada é deixado ao acaso, o escritor dá atenção a todos os detalhes. E quando parece que o leitor está a desligar-se da história, eis quando o escritor consegue voltar a buscar atenção do leitor, voltando a agarra-lo com acção, isto não é fácil e o Stieg Larsson faz-no bem.<br />
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Lamentavelmente Stieg Larsson abandonou-nos, demasiado cedo, contudo deixou cá ficar três bons livros. Comecei pelo primeiro, vou para o seguro cheio de entusiasmo e certo que não deixará com fracas expectativas. A crítica é unânime em apontar o Stieg Larsson como um óptimo escritor, um bom contador de thrilles, um dos quais chegou ao cinema (Os homens que odeiam as mulheres). Mas nada como nós próprios lermos os livros e termos opinião própria. Não apenas relacionado com este livro, mas como todos os outros.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-13395547916256906202013-12-20T09:45:00.001+00:002013-12-20T09:45:34.179+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.valterhugomae.com/wp-content/uploads/2010/11/05.-capa-o-filho-de-mil-homens-379x600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://www.valterhugomae.com/wp-content/uploads/2010/11/05.-capa-o-filho-de-mil-homens-379x600.jpg" width="202" /></a></div>
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Leitura terminada.<br />
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Livro sobre parte da vida de Crisóstomo, um jovem de 40 anos, solteiro, pescador, que tinha o desejo de ser pai. Uma estória, como tantas outras estórias de famílias portuguesas, como em poucos anos se constrói uma família. Uma lição de amor, com alguns clichés à sua volta, com lições de fraternidade, amor e carinho, livro com uma mensagem simples, mas importante, que tende a ser desvalorizada.<br />
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VHM mostra ser um escritor sensível, cativante e muito objectivo na sua escrita. Achei um pouco na linha do Gonçalo M. Tavares, que é da sua geração, ao longo do livro, para quem já leu livros do Gonçalo M. Tavares, notará semelhanças, principalmente na criatividade do conteúdo. Escritor, o VHM, de criar sensações, de despertar sentimentos, chama-nos à atenção para os pormenores mais simples da vida, que tendem a ser ignorados. Um escritor da moral, que sem querer ser mais papista que o papa, finca a sua mensagem na introspecção da felicidade e da ternura.<br />
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O VHM é, certamente, um dos bons escritores portugueses do século XXI. Com algum sucesso entre os assíduos leitores, as suas palestras estão sempre muito bem preenchidas de público. É natural.<br />
<br />João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-55095143822946474962013-12-18T14:11:00.000+00:002013-12-18T14:31:45.480+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OG0EhqtQsRE/TvUK7JyK0gI/AAAAAAAACW8/4dhhvIp5lNA/s1600/atoupeira_poster_f2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-OG0EhqtQsRE/TvUK7JyK0gI/AAAAAAAACW8/4dhhvIp5lNA/s320/atoupeira_poster_f2.jpg" width="222" /></a></div>
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O regresso ao activo do agente George Smiley com a missão de descobrir a toupeira, nos serviços secretos ingleses. Em pleno ambiente pós II Guerra Mundial, este livro de John le Carré traz-nos o que de melhor se escreve sobre espionagem, é claramente o top de livros sobre espionagem. É formidável a forma como descreve todas as personagens que fazem parte do enredo, a descrição dos espaços, os vários flashbacks por entre diálogos, a consistência psicológica das personagens é fabulosa. Livro consistente, que não deixa qualquer ponta solta, George Smiley conduz-nos por entre a sua investigação, até encontrar a topeira.<br />
Livro que faz parte de uma trilogia sobre George Smiley, um implacável e astuto espião inglês, que não deixa nenhum pormenor ao acaso, que nos deixa a ideia que nada é o que aparenta ser, todos os pormenores contam, na arte da espionagem. Algo em voga, nos dias de hoje. É o segundo livro que leio de John le Carré, pessoalmente gostei mais do A Toupeira, que o Espião que saiu do frio, talvez por se tratar de uma obra mais consistente, com mais conteúdo e de um enredo muito maior, mais personagens, onde é possível vislumbrar a genialidade da escrita de John le Carré.<br />
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Voltarei, em breve, ao escritor inglês. Por agora, vou manter-me neste registo, acção, espionagem, mas com outro autor.<br />
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Obviamente, livro altamente recomendável. Não deixará qualquer vazio e vai agarrar o leitor da primeira à última página.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-86613206790475068402013-12-12T17:06:00.003+00:002013-12-12T17:07:20.035+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images04.olx.pt/ui/22/65/38/Fotos-de-O-Prisioneiro-da-Torre-Velha_434405738_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://images04.olx.pt/ui/22/65/38/Fotos-de-O-Prisioneiro-da-Torre-Velha_434405738_1.jpg" width="320" /></a></div>
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Romance histórico sobre a vida de D. Francisco Manuel de Melo. Pessoa que teve a "infelicidade" de ter nascido no mesmo século de Padre António Vieira, o que resultou na desvalorização de toda a sua obra literária. O livro retrata Portugal do século XVII - último período do domínio filipino - e toda a envolvência que levou à Restauração. D. Francisco Manuel de Melo é retratado no livro, como sendo uma pessoa cuja a desconfiança da sua personalidade paira em todas as acções, personagem de grau complexo muito extenso. De referir que o prólogo e o epílogo é-nos passado através do diálogo entre andorinhas, pássaros que vão estar presentes ao longo do romance.<br />
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Fernando Campos recorre ao romance para descrever a história de várias pessoas, importantes da História de Portugal, com detalhes verídicos, o que torna o acesso à determinados períodos históricos mais interessantes. Livro de leitura um pouco cansativa, de um português bastante bem articulado, discurso na terceira pessoa e com uma construção de frases muito particular: objecto + verbo + pessoa. Interessante e denso, registo ao qual não voltarei tão brevemente.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-30787261078713971772013-12-09T10:23:00.000+00:002013-12-09T10:24:10.816+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/2/6/6/9789722037662.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/2/6/6/9789722037662.jpg" width="211" /></a></div>
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Um espião, uma estratégia robusta, um plano determinado, um objectivo a longo prazo. É isto que se passa no livro de John le Carré. Espionagem do pós 2ª guerra mundial, por um ex-agente britânico, que passou para livro muito sobre a espionagem que se fez, com estratégias que, hoje, ajudam na realização de séries sobre o tema. Quem acompanha a série norte-americana <em>Homeland, </em>notará muitas semelhanças com este livro. <br />
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Foi o primeiro registo literário sobre espionagem que li e voltarei, em breve, a mais uns livros do John le Carré. Um livro que se lê de uma assentada, uma escrita bastante corrida, mas que não deixa de lado nenhum aspecto. O final é um pouco esperado, mas há detalhes que poucos estariam à espera, o que faz do livro uma surpresa no fim. Foi demasiado curto, um livro que podia ter o dobro das páginas, que o interesse e o entusiasmo seriam o mesmo, prende o leitor ao livro, levando-o a imaginar muitas das cenas que descreve, tal é o cuidado que utiliza a escrever. Está presente algumas descrições do Comunismo, ideologia política em forte crescimento na altura, sendo em certa parte, a base do livro. Dado que o cenário da acção está localizada na Europa Central - Inglaterra, Holanda e Alemanha de leste (antiga RDA), as citações ao Comunismo acabam por ser naturais e previsíveis, mas que em nada estragam o enredo literário.<br />
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Algumas crónicas literárias apontam como sendo dos melhores livros de espionagem, tanto do John le Carré, como de outros, não é uma afirmação que possa corroborar dado que apenas li este livro, mas certamente voltarei a esta expressão para a confirmar ou negar.<br />
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Esperava um final diferente, deixa um pouco a desejar, dado que o livro vinha a prometer um final épico, na minha opinião o escritor termina o livro demasiado cedo, tinha matéria para continuar a explorar e tornar este um livro épico. Não decidiu assim e acabo por aceitar o fim que escreveu, faz sentido e enquadra-se na narrativa, mas podia e devia ter sido mais enigmático. Ficou a sensação de inacabado no ar.<br />
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Para quem ainda não leu, aconselho que o façam, vão ficar vidrados neste registo. É muito bom. É viciante.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-26808863073794174242013-12-06T10:33:00.001+00:002013-12-06T10:34:27.734+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/3/0/0/9789896573003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/3/0/0/9789896573003.jpg" width="212" /></a></div>
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Foi com agrado que voltei a Carlos Ruiz Zafón, com as aventuras de Daniel Sempere e Fermin Romero de Torres, "fechando" a trilogia das aventuras de duo de amigos. Não sei se o escritor espanhol ficará por aqui, mas é provável que não; há potencial para mais um livro. O cemitério de livros esquecidos, tem inúmeros livros que potencializam um novo romance.<br />
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O Prisioneiro do Céu é um pouco diferente do A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo, isto porque não há a emoção das aventuras do Daniel Sempere, não é um livro tão emotivo quanto os outros dois, é mais um livro que vem arrematar algumas pontas soltas que tinham ficado. Mas engane-se quem pensa que o escritor não agarra o leitor pela emoção, agarra e sabe como o fazer. É um romance muito retrospectivo, que dá algum sentido de ser aos outros dois livros, mas que apesar de não ser uma aventura no presente, tem muita acção, que deixa o leitor a devorar páginas e páginas, a uma velocidade considerável. É de leitura fácil e deixa um vazio no fim, dado que acabamos por nos apegar às personagens, isto quando acontece, é óptimo.<br />
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É leitura de lazer, que entretém o leitor e que acaba por ser um bom passatempo. Não podemos esperar genialidade neste género de romances, mas é uma história bem construída, que assenta bem nos princípios de um romance bem estrutura e criativo. Leitura recomendada, obviamente. Sou fã de Carlos Ruiz Zafón, sem a mínima dúvida.<br />
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Que venham mais livros com Daniel Sempere e Fermin Roero de Torres.<br />
<br />João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-92206259368959693092013-12-04T10:33:00.001+00:002013-12-04T10:33:15.539+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhycdyyaYV7TpCpsfeBS2cNNJpVED2UVdHVezwD-kd3FkR7vl-fpcfn0lhqMfM_af7mjgCxnjOoHM2da1SR7Pl2CicnUoWVNtgT3eBURQZMnnageLmNI0jNGdPhd8gDZVx5GE4cjpkGuEg/s1600/A_Mancha_humana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhycdyyaYV7TpCpsfeBS2cNNJpVED2UVdHVezwD-kd3FkR7vl-fpcfn0lhqMfM_af7mjgCxnjOoHM2da1SR7Pl2CicnUoWVNtgT3eBURQZMnnageLmNI0jNGdPhd8gDZVx5GE4cjpkGuEg/s320/A_Mancha_humana.jpg" width="215" /></a></div>
Leitura terminada.<br />
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Foi o primeiro livro que li do Philip Roth e, receio, que fiz a melhor escolha para começar. O positivo é que deixou-me curioso para continuar a ler Philip Roth, talvez um aspecto negativo, ter as espectativas altas, dado que segundo a crítica a A Mancha Humana é provavelmente o melhor de Philip Roth.<br />
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História coesa, contada com todos os detalhes, há aqui um misto de tendências literárias, desde o impressionismo, tal é o cuidado e o detalhe que tem na descrição das personagens e dos sítios, como um realismo psicológico, dado a análise que faz de cada uma das personagens. Dois estilos que marcaram duas épocas na literatura e que Philip Roth reúne num só livro. É um livro um pouco cansativo, tal é o preciosismo descritivo, mas um livro que aprendemos a gostar, uma história que tem um final anunciado, mas que consegue com avanços e recuos, tornar a história interessante. Creio que o efeito retrospectivo é bastante acentuado e é o que sustenta a obra.<br />
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Cativa o leitor, dada a genialidade da obra, não ficam pontas soltas, nada por explicar, tudo bem estruturado e conciso, é uma história de vida de Caleman Silk, um livro que originou uma obra cinematográfica: The Human Stain. <br />
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Um livro que recomendo a todo o apaixonado pela literatura. Não se vão arrepender de despender uns minutos do vosso tempo com Philip Roth. Vale a pena, sério.<br />
<br />João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-10695476948222093052013-11-28T12:10:00.003+00:002013-11-28T12:10:25.983+00:00Nova etapa nas minhas leituras!<br />
<br />
Vou começar por introduzir um livro de não-ficção na minha leitura. A partir de agora, tentarei sempre ler dois livros em simultâneo: ficção e não ficção.<br />
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Quanto à ficção, não há um padrão estabelecido, será sempre ao sabor do vento das palavras. Uma escolha sem critério. Tentarei variar sempre no estilo de ficção.<br />
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No que toca à não-ficção já será diferente. Vou explorar temas que sejam do meu interesse, que me despertam algum entusiasmo na sua leitura / estudo. Está escolhido já o tema: 2º Guerra Mundial e todo o que está em volta desse tema. Também já fiz a minha escola, como podemos ver do lado direito.<br />
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Tentarei levar isto a sério, dispensando sempre 2h/3h diárias para a leitura. Havendo alguma disciplina, estou certo que conseguirei ler imenso. A informação é um bem precioso que tendemos a desperdiçar, dado a facilidade aparente em consegui-la.<br />
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Continuação de boas leituras!João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-77732423492106830132013-11-28T11:54:00.000+00:002013-11-28T11:55:03.163+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqLqr8Yo9FeWHNUNHyk-B1S5X7qf0DBykWxWoSc5zcSKnl10J8Pmz9aUq0HO_BP2RAT0SX8Zyj6m_1IJeFzmOv651dLa5Ts_5rgISFwyt2WdFTHcsXjxXSILYnE-UkBz3btNHYIGqUUg/s1600/capa_elefante_blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqLqr8Yo9FeWHNUNHyk-B1S5X7qf0DBykWxWoSc5zcSKnl10J8Pmz9aUq0HO_BP2RAT0SX8Zyj6m_1IJeFzmOv651dLa5Ts_5rgISFwyt2WdFTHcsXjxXSILYnE-UkBz3btNHYIGqUUg/s320/capa_elefante_blog.jpg" width="200" /></a></div>
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Leitura terminada.<br />
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Sou um fiel apreciador de José Saramago, adoro a sua genialidade e o seu jeito particular de escrever. A Viagem do Elefante foi o terceiro livro que li da sua vasta obra. Um relato de uma viagem de um elefante, que vai de Portugal até a Áustria. Uma leitura que se faz de forma rápida, entra-se facilmente na história e cria-se logo empatia com as personagens. Uma e outra crítica presente, muito ao estilo de José Saramago, onde está bem patente algumas das suas controvérsias opiniões - nada que possa surpreender o leitor. <br />
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Todos os escritores têm o seu jeito pelicular de contar histórias, José Saramago tem o seu e é um estilo que admiro, história bem contada, com pormenores interessantes, mas que não massacram o leitor. Dá-nos a exacta percepção do ambiente que envolve a viagem, ao seu jeito.<br />
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Uma leitura recomendada. Com José Saramago, primeiro estranha-se e depois entranha-se. Deixo um pequeno conselho que poderá ser útil a quem começa a ler Saramago: leiam-no em voz alta, facilita na percepção dos diálogos. <br />
<br />João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-29466903728784998292011-10-17T11:55:00.005+01:002011-10-17T12:25:23.936+01:00No teu deserto - Miguel Sousa Tavares<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwCPUC5Q3AxJpnnu4WlMzM9Bcr2BDpshxjnDFvIED61qoYZINDjVW6a7y986afxoIZJo70lOjl8BcmJiDcJowBvZpS8IVMdlnDgmq8ZDHmSByDB7R-rxIT4rf2G2ujJ3_4Pfk1JtJT0sM/s1600/No_teu_deserto.png"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 211px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664413319561205138" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwCPUC5Q3AxJpnnu4WlMzM9Bcr2BDpshxjnDFvIED61qoYZINDjVW6a7y986afxoIZJo70lOjl8BcmJiDcJowBvZpS8IVMdlnDgmq8ZDHmSByDB7R-rxIT4rf2G2ujJ3_4Pfk1JtJT0sM/s320/No_teu_deserto.png" /></a><br />Uma escolha aleatória na Biblioteca Pública, de tantos livros correctamente colocados nas estantes, respeitando uma ordenação alfabética pelo nome do autor, tal como ditam as regras. Um risco, mas que quando não temos nenhum livro em mente, é um risco que vale a pena.<br />Foi a minha primeira leitura de Miguel Sousa Tavares. Este escritor que é filho da grande escritora Sophia de Mello Breyner, tem consigo o gosto da escrita que ganhou com a sua mãe. Ainda é prematura ter uma opinião sobre a escrita, apesar de ler assiduamente alguns artigos de opinião seus.<br />Quanto ao <em>No Teu Deserto</em>, é como diz o escritor um quase romance, apesar de ter potencial para ser um romance, um bom romance. É um quase romance porque é um género de elogio e contributo a Cláudia, a sua acompanhante na aventura pelo deserto, uma aventura que consistia em fazer uma reportagem, com registo fotográficos, escritos e vídeos.<br />Este livro é um livro de saudade, um livro onde fica registado para que não caia no esquecimento a Cláudia, a companhia desta aventura pelo deserto, esta aventura que foi de auto-conhecimento, uma aventura onde foi possível ver duas pessoas completamente distintas, a unirem-se devido às grandes adversidade que esta reportagem desenvolveu. Há uma narração de ambos os lados, tanto do Miguel Sousa Tavares, como de Cláudia. O escritor decidiu entrar na mente feminina e descreveu as situações, isto nem sempre é fácil de ser feito, mas o escritor até conseguiu descrever os acontecimentos de forma lisonjeira.<br />O quase romance, vem deixar registado a mágoa que ficou, vem registar uma eterna saudade de Cláudia, a saudade de uma viagem que hoje não decorreria da mesma forma, devido ao facto da tecnologia ter-se desenvolvido imenso.<br />Este é um registo simples e sincero, de uma leitura rápida, e que peca por ter surgido tarde - tarde para a Cláudia, não para o leitor. Uma forma leve e lisonjeadora de homenagear alguém que marcou a sua vida.<br />O<em> Rio das Flores </em>e<em> Equador</em> são de certo dois livros bastante diferentes deste, serão alvo da minha leitura num futuro bem próximo.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-14850325263962600352011-10-17T11:18:00.004+01:002011-10-17T11:41:55.496+01:00A vida num sopro - José Rodrigues dos Santos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTwvWzM3ksZ70SlgvPSfN7WegBANMSsm1GJt9XtAaWd88EixEkDaZM-mLfaOXsD33LkdeoZ0IQueqosMoC2-KKXxgWMxUkG8gq7AlQp-f0hJzxnZJeqLC8JjkzzevfusokjnDwMj2sJ28/s1600/a_vida_num_sopro.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 218px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664404150488262674" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTwvWzM3ksZ70SlgvPSfN7WegBANMSsm1GJt9XtAaWd88EixEkDaZM-mLfaOXsD33LkdeoZ0IQueqosMoC2-KKXxgWMxUkG8gq7AlQp-f0hJzxnZJeqLC8JjkzzevfusokjnDwMj2sJ28/s320/a_vida_num_sopro.JPG" /></a><br />A minha 2ª leitura de José Rodrigues dos Santos. Um livro diferente das aventuras do professor Noronha.<br />Este livro conta-nos a história amorosa de Luís e Amélia, que se apaixonam ainda adolescentes e que devido às várias circunstâncias da vida, separam-se, reencontrando-se vários anos depois da sua separação. É um romance que decorre no início do Estado Novo, onde é perceptível as condicionantes à liberdade individual, característica bastante intrínseca de qualquer ditadura. Amélia é vitima de um pensamento bastante característico da história portuguesa, o arranjo de casamentos de forma a proporcionar um futuro mais promissor do que aquele que estava destinado. Nos dias de hoje ainda é possível encontrar um ou outro exemplo desta situação, mais no interior do País do que propriamente nas zonas mais industrializadas.<br /><em>A vida num sopro</em> é um romance que se lê "num sopro", apesar das suas inúmeras páginas. É um livro que não foge ao registo leve e acessível do escritor, uma escrita que consegue cativar massas mas que não é capaz de despertar um interesse literário aos mais cépticos. É perfeitamente visível o facto do escritor ter a faculdade de escrever inúmeras páginas por dia, e assim, publicar os seus livros com pouca diferença de tempo de um para o outro. Tira espectacularidade às suas obras, tira genialidade, tira potencial literário, mas é compreensível, os seus livros são fenómenos de vendas em Portugal, se tivesse as características que anteriormente anunciei, jamais seria um <em>best-seller </em>português<em>. </em>É de um enquadramento político importante, que ajuda a caracterizar a sociedade da época, dá a conhecer aspectos que os mais jovens desconhecem. Eu gostei de o ler porque ainda não tenho um estilo literário definido, vou lendo de tudo um pouco, para que possa criar esse estilo. Até lá, todo o livro é bem-vindo, seja ele um fenómeno de vendas, seja ele um simples livro de uma única edição.<br />É minha intenção ler mais uns livros do José Rodrigues dos Santos, a sua escrita leve ajuda a desanuviar o pensamento.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-16669720552781801222011-10-17T10:34:00.005+01:002011-10-17T11:18:14.383+01:00CODEX 632 - José Rodrigues dos Santos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqEgBxzgyL4pIcOg55zpLyggZsDvMJ4MhuvnEm3Pf4PophK_2GAnJ__M17vn1fR5oNFL8KJGTNEHg4cyA6uLRD4fwZ1ka7oNJH9D-f7qn9JoW-Rj8kf7iDetK6edNB0tRtsQtvf3cTTGU/s1600/Codex632%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664392554776039218" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqEgBxzgyL4pIcOg55zpLyggZsDvMJ4MhuvnEm3Pf4PophK_2GAnJ__M17vn1fR5oNFL8KJGTNEHg4cyA6uLRD4fwZ1ka7oNJH9D-f7qn9JoW-Rj8kf7iDetK6edNB0tRtsQtvf3cTTGU/s320/Codex632%255B1%255D.jpg" /></a> Cristóvão Colombo e os Descobrimentos são o mote deste livro do, bem conhecido jornalista, José Rodrigues dos Santos. <em>O Codex </em>632 aborda todo o mistério em volta da nacionalidade de Cristóvão Colombo, como também alguns dos supostos segredos da época dos Descobrimentos.<br /><br /><div>O professor Noronha, personagem principal da obra, vai investigar o passado de Cristóvão Colombo, baseando-se em manuscritos da época, recorrendo a especialistas em diversas áreas. Reconheço que deixa o leitor bastante intrigado com estas questões, que são baseadas em documentos verídicos, e que leva a certo momento não conseguir discernir o que real do que é romance. A história paralela à intriga principal, o dia-a-dia da família Noronha, ajuda a que hajam momentos de desconexão do enredo principal. Um pequeno apontamento sobre a Trissomia 21, a sua explicação e o dia-a-dia de uma criança que tem este sintoma - a filha do professor Noronha. Uma boa chamada de atenção.</div><br /><div>É um livro bastante agradável de ler, uma leitura bastante acessível e rápida, onde a curiosidade aumenta a cada página que viramos. O escritor é considerado como sendo o Dan Brown português, concordo porque o estilo assemelha-se em muito com o escritor norte-americano. Apesar da comparação, José Rodrigues dos Santos está ainda longe do brilhantismo, dos enredos e da forma como conduz as investigações de Dan Brown. O uso abusivo de datas, citações em outras línguas, tornam o Codex 632 num livro onde a investigação e o romance entrelaçam-se, mais do que era suposto, pois retira alguma da atenção que despertou anteriormente no leitor. Compreendo que o escritor tenha tido a intenção de tornar os factos o mais verídicos possíveis, fica a intenção.</div><br /><div>Continuarei a ler José Rodrigues dos Santos, é um estilo leve e cativante, é um escritor que escreve para as massas, é um escritor que dá imenso lucro à editora que o representa. Este género de escritores são essenciais à sociedade porque cativam o leitor que não tem por hábito a leitura. Bom ou mau, um livro é sempre um livro - é o leitor que faz o livro.</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-89601614747734378412011-06-21T14:48:00.006+01:002011-06-22T10:05:26.093+01:00Marina - Carlos Ruiz Zafón<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRfuGMr_iQl63kQil9gnag_V3O3kEhyphenhyphenmddgyQG0XxnKAacoAJVPMT7OCPNdMO8eOqxx8WgLAcFUdvozr0LjweVUbvL-UY4w12L9glRlMnmwIG0cBHNJRN-ZHA0IVNQVueQ8PVg3T4BYfI/s1600/carlos-ruiz-zafon-199d.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 224px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5620670268658340722" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRfuGMr_iQl63kQil9gnag_V3O3kEhyphenhyphenmddgyQG0XxnKAacoAJVPMT7OCPNdMO8eOqxx8WgLAcFUdvozr0LjweVUbvL-UY4w12L9glRlMnmwIG0cBHNJRN-ZHA0IVNQVueQ8PVg3T4BYfI/s320/carlos-ruiz-zafon-199d.jpg" /></a><br />Marina é o terceiro livro do escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón traduzido para português e, consequentemente, o terceiro livro que leio deste escritor.<br />O livro fala-nos (sim, os livros falam!) da história de um rapaz Óscar, que vive num orfanato, e um dia numa das suas escapatórias no referido orfanato, encontra Marina, uma bela rapariga pela qual vai se apaixonar. A partir daqui será um turbilhão de aventuras, de sentimentos, de fantasia e segredos que se encontram guardados no mais profundo dos lugares. Mais uma vez tem como plano de fundo a cidade de Barcelona, e com a leitura do terceiro livro de Zafón, começo a ter a sensação que conheço Barcelona. Este não é o principal assunto do livro, a história de uma cantora lírica e um milionário, marca este livro, tanto que poderia ter sido escrito num livro à parte e classificado como um romance de "terror", porém, o escritor decidiu incorporá-lo neste mesmo livro. Há duas histórias no livro, uma contada por terceiros, outra pelos próprios.<br />Apesar de ter sido o último livro traduzido para português, este é anterior aos outros dois, e nota-se que o número de páginas escritas tem vindo aumentar sucessivamente!<br />O livro Marina, é mais um livro onde é notório toda a criatividade do escritor, porém, gostava de ler um livro num registo diferente, que não fosse um conjunto de aventuras pela cidade de Barcelona, interpretado por duas personagens principais, uma masculina e outra feminina. Aguardemos por mais uma tradução.<br />Carlos Ruiz Zafón afirma que este livro, Marina, é um dos seus favoritos, não é o meu favorito do mesmo, esse continua a ser A Sombra do Vento. Há uma expressão que guardo deste livro: "Apenas recordamos aquilo que não vivemos.". É uma expressão que resume bem todo o enredo que envolve esta obra.<br />Para os leitores que gostam de ler livros pouco complexos, com uma escrita acessível e de rápida leitura, este é um bom livro, motiva-nos a continuar no prazer da leitura. Porém, aguardo maior complexidade nos próximos livros de Carlos Ruiz Zafón.<br /><br /><em>Título:</em> Marina<br /><br />Editora: Planeta Editora<br /><br />Autor: Carlos Ruiz ZafónJoão Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-29997389018573391862011-06-02T16:06:00.008+01:002011-06-02T16:38:11.003+01:00O Processo - Franz Kafka<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZDu0juPW0W5ZS4tSlpc1aDmmh7HXL0YeiQJwk3fvptg3vBd27iuWr9hQ3fgHKCE2ZOkEWpSd-_BZUt1IfUwPA4RR8w9gAygQwldzW1w-uq4CnA76KpPDGLX9ReUPus5gyBy5IGBbRYQg/s1600/processo.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 185px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5613639394043111058" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZDu0juPW0W5ZS4tSlpc1aDmmh7HXL0YeiQJwk3fvptg3vBd27iuWr9hQ3fgHKCE2ZOkEWpSd-_BZUt1IfUwPA4RR8w9gAygQwldzW1w-uq4CnA76KpPDGLX9ReUPus5gyBy5IGBbRYQg/s320/processo.jpg" /></a><br /><br /><div>A minha primeira leitura da obra de Franz Kafka. O acesso às obras de Franz Kafka só é possível porque o seu grande amigo Max Brod, não cumpriu a ordem que o mesmo tinha indicado, queimar todas as suas obras. Um grande gesto por parte Max Brod.</div><br /><div>Tal como é-nos indicado na obra, trata-se de uma novela inacabada que Max Brod tratou de organizar os capítulos que a compõem, baseando-se na leitura da novela que Kafka o presenciou. </div><br /><div>A história desenrola-se em torno da personagem Joseph K., um bancário que certa manhã acorda e é acusado de um crime que desconhece, mas que durante todo o enredo jura que está inocente. Toda esta tramóia que assolou Joseph K. será narrada na novela. Quanto ao final, vou ocultar para não retirar a curiosidade de ler esta obra.</div><br /><div>É notória a crítica à burocracia que envolve o desenvolvimento de um processo judicial, perfeitamente visível nos dias de hoje, apesar de ser uma obra do início do século XX. Recordei nesta mesma obra, algumas das características de Dostoiévski, isto é, na complexidade da construção mental da personagem principal e os conflitos interiores, a obscuridade presente na sociedade da época que se veio espelhar na escrita de Kafka. Apesar de não conhecer a razão pela qual foi acusado, Joseph K. declarou-se sempre inocente. </div><br /><div>É perceptível que se trata de uma obra inacabada, que o seu fim foi provocado por um desejo de deixar a obra com um início e um fim. </div><br /><div>Não foi dos melhores livros que já li, porém gostei do enredo e da complexidade que Kafka emplementa nas suas personagens.<br /></div><br /><br /><div>Título: <em>O Processo</em> </div><br /><div>Título original: <em>Der Prozess</em></div><br /><div>Autor: <em>Franz Kafka</em><br /></div><br /><div>Tradução: <em>Gervásio Álvaro</em> </div><br /><br /><br /><div></div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-29012601302448748822011-05-12T11:49:00.004+01:002011-05-19T17:00:08.864+01:00Cemitério de Pianos de José Luís Peixoto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeuK9ipNdMg8GItZt5pEI2HhY9RWLvsd0BPYPyAl2nfl78j0fcnGtCzSe6jKYq23ATRdp6iolyM41lrrfHTnC3fmmVsYzdCkel6LkM8CxsJK5dMGY7WjK4qEgS4Z_ufVbuVF_YVJueZgo/s1600/Cemiterio_Pianos_JLP.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 210px; FLOAT: left; HEIGHT: 310px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5605780171073902930" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeuK9ipNdMg8GItZt5pEI2HhY9RWLvsd0BPYPyAl2nfl78j0fcnGtCzSe6jKYq23ATRdp6iolyM41lrrfHTnC3fmmVsYzdCkel6LkM8CxsJK5dMGY7WjK4qEgS4Z_ufVbuVF_YVJueZgo/s320/Cemiterio_Pianos_JLP.jpg" /></a> <em>Cemitério de Pianos</em> é uma obra de José Luís Peixoto. Ganhou o Prémio Saramago em 2001, tem obras publicadas em vários países. Um dos novos prodígios da literatura portuguesa do século XXI.<br /><br /><div>A acção da obra literária, decorre na cidade de Lisboa, nos arredores da freguesia de Benfica, não é possível especificar em que tempo a acção se desenrola, porém, vou ter em conta uma nota do autor, por isso, 1912. O drama será o género que melhor descreve esta obra, marca com intensidade os acontecimentos.</div><br /><div>Esta obra tem em Francisco Álvaro, pai e filho, as personagens principais da acção, desenvolvendo também o papel de narradores da acção. Outras personagens com algum peso serão: a mulher de Francisco Álvaro (dirige-se sempre a ela como sendo a "minha mulher"); Simão, irmão de Francisco Álvaro (filho); Marta e Maria, irmãos de Francisco Álvaro (filho); as crianças: Hermes, Elisa e Ana (netos de Francisco Álvaro. Outras personagens aparecem no decorrer da acção, porém, sem qualquer peso no seu desenrolar.</div><br /><div>É uma obra que narra a história de um atleta português - Francisco Lázaro - que faleceu na Maratona de Estocolmo em 1912. O escritor alienou este acontecimento a uma série de histórias, onde o narrador utiliza a elipse para narrar os acontecimentos. Estamos perante dois narradores, Francisco Lázaro: o pai e o filho. O narrador principal é Francisco Lázaro, pai, que conta a história da sua vida, pelo meio, temos acontecimentos narrados pelo Francisco Lázaro, o filho. Uma história marcada pela tristeza, pelo drama, pela violência doméstica, da família de Francisco Lázaro, uma história homoníma de tantas familías portuguesas.</div><br /><div>Fica o sentimento que a história já se repetiu algum tempo atrás, porém, a história é a mesma, bem como os seus protagonistas, o que há são inversões temporais que levam a que o leitor fique com a sensação que há duas histórias semelhantes, senão a mesma. O recurso estilístico, elipse, é o que provoca esta aligeirada confusão temporal. É um bom exemplo de um Romance Moderno, pois reúne em si os três tempos: passado, presente e futuro, não havendo uma qualquer distinção entre ambos. A obra está bem estruturada, há o recurso a uma panóplia de recursos estilísticos, o que só contribui para o enrequecimento da mesma. Já antes tinha afirmado, e volto a frisar, José Luís Peixoto tem uma escrita muito singular e autónoma. É um escritor a seguir com bastante interesse e atenção, tendo em conta a evolução que as suas obras têm sofrido com o passar do tempo.</div><br /><br /><br /><div><em>Título original:</em> Cemitério de Pianos</div><br /><div><em>Autor:</em> José Luís Peixoto</div><br /><div><em>Editora:</em> Bertrand, 2006</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-71181301886686484302011-04-29T10:28:00.006+01:002011-04-29T11:02:03.460+01:00O Assassino Inglês - Daniel Silva<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL_XmZEZud1ApkvYqYDZ_uNdg4qiQ1wb63sgvUxqaLdT8zTioWPd2_daaDeDHfvjftYZ4NoimuE4Y9EZEUZAP1W6-MroyLnucKKn5mevx8eZsJEljx2Je_3GAb2T7uynFkwJy3DaY-iEY/s1600/assassino_ingles11.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 195px; FLOAT: left; HEIGHT: 299px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5600935527487931554" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL_XmZEZud1ApkvYqYDZ_uNdg4qiQ1wb63sgvUxqaLdT8zTioWPd2_daaDeDHfvjftYZ4NoimuE4Y9EZEUZAP1W6-MroyLnucKKn5mevx8eZsJEljx2Je_3GAb2T7uynFkwJy3DaY-iEY/s320/assassino_ingles11.jpg" /></a> Um livro de espionagem, o primeiro que li do género. Apesar de não ser o meu género literário favorito, este livro foi uma agradável surpresa.<br /><br /><div align="justify">Daniel Silva é um escritor luso-descendente, filho de pais açorianos, de livros sobre espionagem, considerado por inúmeros críticos como estando ao nível de outros conceituados escritores da espionagem, tal como La Carré.</div><br /><div align="justify">Quanto à narrativa, toca num ponto sensível que é o saque de arte que ouve durante a Segunda Guerra Mundial, e as consequências que isso acarretou. <em>Gabriel Allon</em>, espião e recuperador de arte, é contratado para recuperar um quadro de Rafael, em Zurique. Todavia, quando chega a Zurique, vai deparar-se com o assassinato da pessoa que o mandou contratar. É a partir deste momento que toda a história se vai desenrolar, onde atinge o seu auge, no encontro entre <em>Gabiel Allon</em> e o "Assassino Inglês". É uma narrativa cheia de <em>suspanse</em>, o escritor consegue cativar bem o leitor, em relação ao fim da história, o autor poderia ter terminado de forma mais célebre, pois todo o desenrolar da história prometia um final mais interessante e apoteose.</div><br /><div align="justify">Este é um livro pertencente a um estilo que marcou a década passada e continua a marcar este início de década, um estilo populista, com histórias com enredos cheios de acção e aventura, porém, pouco condimentados em conteúdos que abordem questões pertinentes nas mais várias áreas. É um livro, é um autor, que dá lucro às editoras, e no fim, este é o grande objectivo das mesmas. No entanto, gostei de o ler e sugiro aqueles que não se dedicam a grandes leituras, é um livro que vos vai levar a querer chegar ao fim, o que é óptimo. Uma mensagem a reter deste livro: a persistência, o treino e o querer, são características intrínsecas a um vencedor.</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-49237782386987550852011-04-19T11:42:00.003+01:002011-04-19T14:20:05.827+01:00Um sonho do tio - Fiódor Dostoiévski<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFg8qvSO7E-Oeo1fXL0qmMhrr6OB6g4qcP1VLp89Z-wcngxEEfE2b-MHshfPdb0Ds8QvrCZdMFD0VL9RhyxoiHDPPKyE99V0XdXil5RAedbsRMqD8LKRvSUi4CDkkNc7F9MSYt_oDYRgs/s1600/828.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 139px; FLOAT: left; HEIGHT: 199px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597243993724895234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFg8qvSO7E-Oeo1fXL0qmMhrr6OB6g4qcP1VLp89Z-wcngxEEfE2b-MHshfPdb0Ds8QvrCZdMFD0VL9RhyxoiHDPPKyE99V0XdXil5RAedbsRMqD8LKRvSUi4CDkkNc7F9MSYt_oDYRgs/s320/828.jpg" /></a><br /><br /><br /><div>O lado cómico de Dostoiévski está presente nesta obra<em>, </em>onde <em>Maria </em>Alieksándrovna de forma a assegurar o futuro da sua filha <em>Zina</em>, vai fazer de tudo para que possa casa-la com um príncipe, <em>Príncipe K</em>, esquematizando uma estratégia, que deixarei em aberto se foi bem ou mal sucedida. Mais uma vez, está presente a crítica social, onde está presente a coscuvilhice e a intriga social. </div><br /><br /><div>Dostoiévski depositou nas suas personagens, o excêntrico, o humilde, o fracassado e o de carácter forte. Esta diversidade de características das personagens, não retiram a autonomia das mesmas, característica intrínseca à literatura de Dostoiévski. </div><br /><br /><div>Esta obra, não tem o peso psicológico das restantes obras de Dostoiévski, porém, a crítica e e o lado oculto e sombrio do homem (característica da filosofia do século XIX) estão presentes. Gostaria de ver esta obra encenada numa pequena peça, tem todos os ingredientes para se tornar num sucesso teatral.</div><br /><br /><div>Uma obra de leitura fácil, bastante rápida e compreensível mas longe da genialidade das obras que tive oportunidade de ler e apresentá-las nos post's anteriores.</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-27344593305514848002011-04-14T11:52:00.004+01:002011-04-14T12:20:44.078+01:00O Duplo - Fiódor Dostoiévski<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6-le7keAxEhUR04lsWD05O6PAHAQllgeR2FHzp3PgJDO7-8ORqmNlnQp4X7P9ndkvrfwiywZ_0jtWPsRfQM9V8YpYaIEVq5kcszijAZMgUuZVFewu6kCuBHf-jvi0wwCQiR3rvGCQ0-I/s1600/DostoievskiODuplo.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 203px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5595390519594426146" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6-le7keAxEhUR04lsWD05O6PAHAQllgeR2FHzp3PgJDO7-8ORqmNlnQp4X7P9ndkvrfwiywZ_0jtWPsRfQM9V8YpYaIEVq5kcszijAZMgUuZVFewu6kCuBHf-jvi0wwCQiR3rvGCQ0-I/s320/DostoievskiODuplo.jpg" /></a> Dostoiévski estava em tenra idade quando escreveu esta obra, tinha 24 anos. Foi publicado posteriormente à publicação do seu primeiro romance, Gente Pobre.<br /><br />Nesta obra, surgem críticas explícitas à sociedade da altura. O <em>Senhor Goliadkin</em>, personagem principal, vê os seus direitos como cidadão serem obstruídos por uma sociedade onde há uma grande apetência para a prática fraudulenta. A certa altura surge na história uma personagem homónima ao <em>Senhor Goliadkin</em>, que para distinguir da principal passa a ser <em>Goliadkin Júnior</em>, onde tem embutido em si todas as características do personagem principal. Vítima de doenças mentais, o <em>Senhor Goliadkin</em> cria esta pessoa e estabelece com ela uma relação promíscua, chegando a considerá-la seu inimigo, pois, está ocupar o seu lugar na sociedade. É espantoso como estas duas personagens, a principal e a homónima interagem com todas as outras personagens, levando a que certo ponto não consigamos distinguir qual a verdadeira e qual é a que é fruto da imaginação do <em>Senhor Goliadkin</em>.<br />Mais uma vez, imensa informação é-nos trazida pelos diálogos do subconsciente da personagem principal, prática usual nas obras de Fiódor Dostoiévski.<br />Quanto à tradução, está bem conseguida e o texto bem estruturado. Apesar de ser uma obra de uma dimensão média, a sua leitura torna-se ligeiramente desgastante pois obriga a uma leitura bastante atenta e minuciosa, para que se entenda a narrativa.João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-60118782328449499912011-04-12T10:31:00.004+01:002011-04-12T11:25:38.535+01:00Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPbmwM95XUPCXuQ4_OHUsOaf58VzBKeu7-WAK3Qz-esojx4nmTP4NSciBKXjEl3QjaDsWTC6oGbJ1Dgml2nNN8E6daVGJiia4QIo5w267Rk6AcNsuTGDTlNzCvhHw3c8VjfbY71pvlt18/s1600/dostoievski_crime_e_castigo.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 210px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594627475560089810" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPbmwM95XUPCXuQ4_OHUsOaf58VzBKeu7-WAK3Qz-esojx4nmTP4NSciBKXjEl3QjaDsWTC6oGbJ1Dgml2nNN8E6daVGJiia4QIo5w267Rk6AcNsuTGDTlNzCvhHw3c8VjfbY71pvlt18/s320/dostoievski_crime_e_castigo.jpg" /></a> Fiódor Dostoiévski tem nesta obra todo o seu explendor como escritor. Está aqui presente toda a sua genialidade, a sua forma ímpar de criticar a sociedade. Novamente a subconsciência das personagens, principalmente da principal, é extremamente revelador do estado psicológico das mesmas. <br /><div>Ródion, a personagem principal, era um antigo estudante, abandonou os estudos por ser demasiado pobre, estudava direito. Passou uma vida marcada pela miséria, pelas constantes alucinações, são pelas suas descrições que ficamos a conhecer com certa brevidade de como era a sociedade russa do século XIX, um lado da sociedade que ficou marcado pela pobreza, a forma como sobriviveram muitas das populações da época. O termo Castigo, presente no título do livro, na minha opinião, adequa-se mais a Sónia (bondade e amor pelos outros, do que por si), do que propriamente à pessoa que cometeu o crime, se é que cometeu crime.. Todas as personagens secundárias da obra, possuem características psicológicas distintas, a razoabilidade, a pobreza, a maldade, são aspectos intrínsecos a algumas destas personagens. Esta obra é um macro psicológico, é impressionante como a mente humana tem a capacidade de auto punir, rejeitado quase por completo a justiça. Esta obra, e quase toda a de Dostoiévski, foi analisada por grandes filósofos contemporâneos, estando mesmo na base de algumas teorias.</div><br /><div>Recomendo-vos esta obra, caso não seja simplesmente porque todos devemos ler uma só obra deste escritor russo, a sua genialidade assim o merece.</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-35396248101708147702011-04-11T16:33:00.002+01:002011-04-12T11:26:45.248+01:00O Jogador - Fiódor Dostoiévski<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyU9HSKq4A0YGJRKsr8zutBKHPToRVPwE_0wr9beyrtHs3wJtht4q3gwBZwGfD3fu19ZCAKBnNM57aGrzR9njn96FlTPui3gmlQKk1uivhNOECjB6FdPF3zklzkBnZ8JBnkZMay2xkp1s/s1600/dostoievski_o_jogador.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 209px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594349953690654546" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyU9HSKq4A0YGJRKsr8zutBKHPToRVPwE_0wr9beyrtHs3wJtht4q3gwBZwGfD3fu19ZCAKBnNM57aGrzR9njn96FlTPui3gmlQKk1uivhNOECjB6FdPF3zklzkBnZ8JBnkZMay2xkp1s/s320/dostoievski_o_jogador.jpg" /></a> <br /><div>Eis a minha primeira incursão pelo mundo literário russo, e que grande incursão é esta!</div><br /><div>Este é um dos grandes escritores russos de todos os tempos, a forma como desenvolve as suas personagens, as críticas ímpares que faz à sociedade, marcam-no como um grande ícone da literatura tanto russa como mundial. Foi e é fonte de inspiração e influência para imensos escritores.</div><br /><div>Quanto a esta obra em si, fala-nos da história dos jovens, Aleksei Ivánovitch e Polina Aleksandrovna. A história passa-se, quase toda ela, em Roletenburgo na Alemanha, onde Ivánovitch apaixona-se pela roleta, angariando grandes quantias monetárias, bem como perdendo algumas dessas quantias. Este livro é marcado pela crítica aos jogos, onde a desgraça e a sorte cruzam-se com bastante frequência, bem como às pessoas passam-se por aquilo que não.</div><br /><div>No fim do livro, fica a questão no pensamento de Ivánovitch "O que pode acontecer quando a paixão pela roleta se cruza com a paixão pela mulher amada?"</div><br /><div>Um aspecto que é de salientar na literatura de Dostoiévski são que a maioria das críticas feitas, surgem pela subconsciência da personagem principal, e não meramente pelos diálogos.</div><br /><div>Recomendo bastante este escritor, porém, convêm já ter algum gosto pela leitura, pois não são obras fáceis de interpretar.</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-37825790823344848492011-04-11T16:22:00.002+01:002011-06-21T15:20:14.317+01:00O jogo do Anjo - Carlos Ruiz Záfon<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKcHmAjQi-q67m6AmHYeHELtebiFMetBTDfJ8SGg3n6kxTtm34874cKHdspUWdsyiCIcjjT1v6s7z09DE2O9beKVpphkJJPOgjOGlInfCZ1ligkYkGKR2ZKqtOGsBLPzUX-1sZDKME2pQ/s1600/o_jogo_do_anjo%252C_carlos_ruiz_zafon.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 214px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594346965848309682" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKcHmAjQi-q67m6AmHYeHELtebiFMetBTDfJ8SGg3n6kxTtm34874cKHdspUWdsyiCIcjjT1v6s7z09DE2O9beKVpphkJJPOgjOGlInfCZ1ligkYkGKR2ZKqtOGsBLPzUX-1sZDKME2pQ/s320/o_jogo_do_anjo%252C_carlos_ruiz_zafon.jpg" /></a><br /><br /><div>Para quem leu, como eu, primeiro <em>A Sombra do Vento</em> e, posteriormente, <em>O Jogo do Anjo</em>, vai ficar ligeiramente decepcionado!</div><br /><br /><div>Apesar de ser uma história, de certo modo, bem conseguida, está longe da expontaniedade que foi o livro que falei anteriormente. </div><br /><br /><div>Quanto ao livro em si, fala novamente de livros.. Tudo se passa novamente na obscura cidade de Barcelona, nos anos 20 do século passado, onde há a história de um grande amor, a história de um livro acabado mas nunca publicado, um enrendo cheio de aventura, suspanse e que algumas situações leva o leitor a colocar em dúvida todo um encadeamento de situações, pois a realidade cruza-se com o surreal que a personangem principal vai vivendo. Mais uma vez retrata a paixão livros (volta a tocar no Cemitério dos livros), cujo tema já tinha sido focado na obra anterior. Apesar de o escritor ter dito que esta não é uma obra de continuidade do seu <em>best-seller</em>, <em>A Sombra do Vento</em>, há imensas afinidades entre ambos, que na minha opinião, há uma certa continuidade na acção.</div><br /><br /><div>Apesar de ter gostado deste livro, volto a sugerir que comecem exactamente por este e só depois <em>A Sombra do Vento</em>, para que não saiam com as expectativas defraudadas!</div><br /><br /><div>A próxima obra será <em>Marina</em>, cuja publicação em português já está disponível.</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-80471286301075429682011-04-11T15:57:00.006+01:002011-06-21T15:19:41.411+01:00A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Záfon<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkXHtiulfTOw_hk0IUFZBfD8pGyAHuwdoNoByZdYDyHglWReGhD47WPqF_wkb7teDvQwhvY48XyqUDPLH8I8Geker4z7T_Tdwcc2jpRo3Rch7CKZywxmuwPLLV5nUvD41HT7FRzwkHJbw/s1600/sombra_do_vento.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 303px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594340686974661106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkXHtiulfTOw_hk0IUFZBfD8pGyAHuwdoNoByZdYDyHglWReGhD47WPqF_wkb7teDvQwhvY48XyqUDPLH8I8Geker4z7T_Tdwcc2jpRo3Rch7CKZywxmuwPLLV5nUvD41HT7FRzwkHJbw/s320/sombra_do_vento.jpg" /></a><br /><br /><div>Que agradável surpresa foi este escritor espanhol, Carlos Ruiz Zafón! Uma escrita acessível, simples mas formidável, que preconiza uma leitura rápida, onde os acontecimentos estão bem encadeados. Sabe conduzir o leitor pelo enredo.</div><br /><br /><div>Este livro, <em>A Sombra do Vento, </em>fala de jovem <i>Daniel Sempere</i> que vai investigar a vida de um escritor <i>Julian Carax</i>, cujas as obras foram consideradas "malditas" e então, todas eliminadas excepto uma,<em> A Sombra do Vento, </em>a qual <i>Daniel</i> vai guardar com toda a sua dedicação, apesar dos perigos que isso acarreta. Em certo ponto, a personagem principal começa a descobrir sinais que o ligam promiscuamente com o escritor <i>Julian Carax</i>. A certa altura entra em "cena" uma personagem que vai auxiliar <i>Daniel Sempere</i>, que vai empregar nesta história algumas situações de comédia.</div><br /><br /><div>É um livro cuja acção desenrola-se pela cidade de Barcelona, do século XX, nas suas ruas mais obscuras, carregado de <em>suspense</em>, intriga e que nos deixa agarrados à história, despertando o desejo de estar constantemente a ler. É daqueles livros que se lê em dois dias, com uma tradução de qualidade.</div><br /><br /><div>Uma pequena observação: Quem quiser iniciar a leitura da obra deste escritor, que comece pela obra <em>O Jogo do Anjo</em>, para que as espectactivas não fiquem um pouco defraudadas.</div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2715350421856673647.post-74702042471087510512011-04-11T15:41:00.003+01:002011-04-12T11:31:31.374+01:00Livro - José Luís Peixoto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOvuyDtaCfgWJGye2RIZvtEuLiy57Rm-7hQGajXpb-eboAdF8P_4UCNPmfFHIP1lHzjpojHOwdMa5uhvnQNc7IRcPQcUdum8kCEyb-TUuLv1Js_BSVFc9GMf1J6DusKSpqohSRWR2y5_c/s1600/Livro.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 205px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594642497432978162" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOvuyDtaCfgWJGye2RIZvtEuLiy57Rm-7hQGajXpb-eboAdF8P_4UCNPmfFHIP1lHzjpojHOwdMa5uhvnQNc7IRcPQcUdum8kCEyb-TUuLv1Js_BSVFc9GMf1J6DusKSpqohSRWR2y5_c/s320/Livro.jpg" /></a> <br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-QDIf93T3oAS_MrM9VT5mnYhWUmFyLVDSmKR5iOisU_oiPKQGeycXygAEb-8kycrP6QOXhwwWfkDzYHlhrBxUJuMNOU7GWXJ03oqVvzPJb0pakThGlOocCZrwLhy6dfOJhH4LDXawbvE/s1600/Livro.jpg"></a>Foi a minha primeira incursão pela literatura de José Luís Peixoto, e fiquei logo surpreendido com a sua escrita. Uma escrita bastante acessível, própria, uma forma suave da escrita de José Saramago. Este será certamente um grande escritor do século XXI, pelo menos, para lá caminha.</div><br /><div>Quanto ao livro, retrata uma época que marcou bastante Portugal, que foi a emigração dos anos 60 e 70, neste caso para França, e o que passaram muitos dos Portugueses que quiseram se aventurar. O livro está devidido em duas partes, uma primeira parte em que se dá a partida para a França e uma segunda parte, que relata o regresso à pátria. Este registo tem bastantes aspectos auto-biográficos, tais como o nome da aldeia de José Luís Peixoto viveu, a Galveias. Sugiro a leitura deste livro, principalmente para quem desconhece a obra de José Luís Peixoto, que foi o meu caso. A minha próxima aventura na obra de José Luís Peixoto, será o <em>Cemitério de Pianos.</em></div>João Filipe Abreuhttp://www.blogger.com/profile/02767535054570630287noreply@blogger.com0