segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CODEX 632 - José Rodrigues dos Santos

Cristóvão Colombo e os Descobrimentos são o mote deste livro do, bem conhecido jornalista, José Rodrigues dos Santos. O Codex 632 aborda todo o mistério em volta da nacionalidade de Cristóvão Colombo, como também alguns dos supostos segredos da época dos Descobrimentos.

O professor Noronha, personagem principal da obra, vai investigar o passado de Cristóvão Colombo, baseando-se em manuscritos da época, recorrendo a especialistas em diversas áreas. Reconheço que deixa o leitor bastante intrigado com estas questões, que são baseadas em documentos verídicos, e que leva a certo momento não conseguir discernir o que real do que é romance. A história paralela à intriga principal, o dia-a-dia da família Noronha, ajuda a que hajam momentos de desconexão do enredo principal. Um pequeno apontamento sobre a Trissomia 21, a sua explicação e o dia-a-dia de uma criança que tem este sintoma - a filha do professor Noronha. Uma boa chamada de atenção.

É um livro bastante agradável de ler, uma leitura bastante acessível e rápida, onde a curiosidade aumenta a cada página que viramos. O escritor é considerado como sendo o Dan Brown português, concordo porque o estilo assemelha-se em muito com o escritor norte-americano. Apesar da comparação, José Rodrigues dos Santos está ainda longe do brilhantismo, dos enredos e da forma como conduz as investigações de Dan Brown. O uso abusivo de datas, citações em outras línguas, tornam o Codex 632 num livro onde a investigação e o romance entrelaçam-se, mais do que era suposto, pois retira alguma da atenção que despertou anteriormente no leitor. Compreendo que o escritor tenha tido a intenção de tornar os factos o mais verídicos possíveis, fica a intenção.

Continuarei a ler José Rodrigues dos Santos, é um estilo leve e cativante, é um escritor que escreve para as massas, é um escritor que dá imenso lucro à editora que o representa. Este género de escritores são essenciais à sociedade porque cativam o leitor que não tem por hábito a leitura. Bom ou mau, um livro é sempre um livro - é o leitor que faz o livro.

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